Um abismo entre o ateísmo e a crença Uma ponte entre a fé e Deus
Em
algum ponto de nossa origem, ficaram registrados os primeiros passos de nossa
evolução, pois tudo esta interligado a um ponto de partida, a nossa gênese, o início.
Se
analisarmos a nossa evolução dentro do caminhar da historia da humanidade,
percebemos que a nossa adaptação no planeta trás consigo diversos elementos
fascinantes, que chegam a serem assustadores, pois nos minuciosos detalhes das
nossas trajetórias, construímos legados positivos que nos levaram ao caminho do
que chamam civilização, em outros
momentos manifestamos ações de extrema selvageria, barbáries inconcebíveis com
os da nossa mesma espécie, criando assim um contraste entre a condição de
humanos e de animais extremamente selvagens.
Mas
ao observarmos sutilmente, percebemos que nesta caminhada da espécie sapiens (de homo sapiens) ao homem em
busca da civilização de si mesmo, notamos a intrínseca necessidade do homem ao
encontro de algo maior, além do seu natural, um sobrenatural necessário para
explicar o inexplicável aos seus olhos. Nesse dado momento, o homem deixou as
suas ações braçais para dar vida a um sentir que vem do âmago do seu ser e que
só pode ser traduzido pela expressão do intelecto, foi quando o homem olhou
para o céu noturno e contemplou as estrelas, e em uma cosmosofia (contemplação do
universo) ele filosofou em busca de tentar explicar o inexplicável, foi
quando ele chamou o insondável e inexplicável de Deus.
A
partir deste obscuro momento do seu despertar, iniciaram os rudimentares passos
em busca de explicação para tudo que estava além da sua compreensão, e assim se
deu inicio a crença, pois era
necessário algo divino para uma auto explicação do que não se tem resposta, e
assim surgiram as diversas religiões. No entanto, nos dias de hoje onde a
ciência e a mística das religiões se divergem e ao mesmo tempo se correlacionam
ao ponto de grandes cientistas, como o astrofísico Stephen Hawking salientar “Deus é a explicação para o inexplicável”,
ou seja, por mais que a ciência navegue em caminhos profundos, só vai para um
destino final, Deus.
Acredito
que aí está o grande ponto de convergência, entre a nossa origem e pra onde nós
vamos, mas em todas essas análises, em momentos paramos para folear um livro
que agrega-se em uma biblioteca de livros, a Bíblia, e ali nos deparamos com
uma lei máxima, o livre arbítrio, ou seja, a liberdade da escolha, nesse ponto
observamos a grandiosidade que foi dada ao homem de ser livre até mesmo pra
duvidar que Deus existe, e assim se auto definir Ateu, uma palavra que vem do
grego “atheus” (sem Deus), expressão forte que coloca o indivíduo sobre uma
observação, não acreditar, cético, essa condição de descrente o leva a
construir diversas linhas de pensamento e que em muitos momentos ele se
confunde em afirmar em comparar a sua não crença pela base das mais notórias
religiões, a exemplo da cristã, que tem suas diversas vertentes, e o ponto
critico que o ateu mais se afirma são nas características atribuídas a Deus
segundo o sentimento humano, como o texto bíblico que diz “ E Deus se irou”, “ E Deus tem ciúme”, atribuições estas que o homem usou para traduzir
através do seu sentir a natureza de um ser Divino que esta além da sua
compreensão.
Logo
observamos que como o explicável da crença não convence ao ateu, cria-se um elo
perdido, impossível de criar uma ponte que possa interliga-los, pois o cético
quer algo palpável, tangível, que explique com logica para que ele possa crer.
O crente direciona a sua fé pelo sentir em algo que não se explica, mas que
mesmo assim torna frágil a sua crença, pois a crença e a duvida estão
interligadas pelo mesmo fio que se interligam. Por esta razão, para que a fé
seja inabalável para com o que não se explica com a logica, é preciso que se
viva uma experiência com Deus, você não poderá explicar mesmo que tente, e logo
todas as duvidas não passarão de apenas uma observação ao mistério, e o ateísmo
apenas um ponto no seu livre arbítrio de aceitar ou não a Deus, e sempre
surgirá diversas observações “ De onde
vim e para onde estou indo?”, apenas sei que surgi em meio ao caldo
biológico da existência, como vida consciente que trouxe consigo entre vários
atributos, o sentimento que me fez me apegar a tudo, inclusive ao mundo que eu
construí e que me afirmei como este sendo tudo, um tudo de extrema ilusão. De
onde vim? E para onde vou?
Fonte: http://carlos-reis-agni.blogspot.com.br
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