Gênesis A interpretação da origem


Na narrativa de Gênesis analisamos a projeção da criação, onde o autor desse belíssimo livro materializa uma observação analisada do ponto de vista e da compreensão de um homem terreno de consciência e conhecimentos limitados a sua época. Como em diversas literaturas sagradas de povos diferentes, a origem da vida em especial do homem, surgiu como uma necessidade de justificar para aqueles que se auto questionavam a origem de quando e como tudo começou.
Com certeza os grandes lideres espirituais e por que não sócios políticos daquele momento, precisavam manter o equilíbrio de uma gama de povos que se dividiam entre o ceticismo a adoração de mitos, a exemplo do bezerro de ouro, um fato narrado no período em que Moisés buscava conduzir uma multidão de hebreus a terra prometida. Acredito que afirmar a origem mostrando um ponto de partida onde tudo começou em uma linguagem mística a compreensão das pessoas que viveram aquela época, hebreus que mais tarde na historia se tornariam judeus. Sem esquecermos dos Gentios, povos que não vieram da linhagem hebreia judaica como nós que adotamos o cristianismo como caminho a espiritualidade, pois entendemos que com a compreensão da origem da espécie humana pelo ponto de vista da criação, afirma a direção ao divino, Deus.
Ao avaliarmos os primeiros versículos de Gênesis, narra o autor sobre a criação de todas as espécies terrenas, aquáticas e aladas, posteriormente Deus, segundo o autor, expressa: “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança” Gênesis 1-26. Entende-se que existia outra pessoa, uma divindade de compreensão e elevação divina de um nível elevadíssimo, quem era esse ser é um mistério, em uma breve especulação, acredito que esse ser era o verbo aquele veio se vestir da natureza humana e que morreu crucificado em um momento critico, religioso e politico da historia da humanidade e que se tornou o divisor do tempo, antes de cristo e depois de cristo e se tornou glorificado. Voltando-se aos primeiros versículos de Gênesis, após o homem ser criado, Deus o elevou sobre todas as criaturas, ou seja, dando ao homem a condição de Semideus sobre as demais espécies, mas logo nos deparamos com um fato fascinante narrado: “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” Gênesis 2:7. Podemos analisar que todo ser vivo e tudo que foi criado, animado e inanimado, inclusive o cenário incrível da noite e do dia como tudo que no planeta terra presenciamos foi apresentado ao homem como seu reino, e sobretudo ele é superior, essa promoção e elevação do homem diante da vida como foi formada o torna grandioso, mas logo nos deparamos com o versículo bastante delicado, “ Formou Deus o homem do pó da terra soprando nas suas narinas o folego da vida” nos leva a entender que ao homem precisava ser lembrado que ele é semelhante a terra, pois aquilo que ele se apega, até mesmo o corpo, a sua matéria que lhe da condição existencial no planeta tem a mesma importância do pó da terra, ou seja, o maior valor que o torna divino não lhe pertence, e involuntariamente o deixa, que é o sopro da vida.
Isso prova que ao avaliarmos profundamente, não somos absolutamente nada, e que o ego, a vaidade, que faz o homem se sentir grande acreditando que tem tudo aos seus pés é uma prisão ilusória, pois quando o fôlego da vida o deixa, ele se perde no mistério e a matéria volta ao pó de onde se originou o tornando impotente e limitado, capaz de tirar a vida dos seus próprios semelhantes mesmo sabendo que dar a vida esta além dos seus limites humanos, e ser grande é quando o homem encontra a harmonia que o leva a luz divina para um dia poder ter a compreensão do que somos e de onde viemos.
 Carlos Reis Agni 


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