Depressão. Como transformar uma árida tristeza em um foco de luz?
De repente, a tristeza repentina surgiu, provocando um silencio
incompreensível, e logo passou, era apenas uma temporária tristeza. Mas quando
retorna, trás consigo uma sensação de isolamento, uma busca pela fuga, em um
recanto, em um canto qualquer, para fugir de tudo. Mas não há fuga, apenas uma
dor inexplicável, uma angústia que parece ser incurável, e com as horas que
passavam, a angustiante tristeza se tornou mais forte, capaz de consumir as
ultimas gotas de esperança. E os minutos se passaram, e a amarga tristeza,
havia secado até mesmo a saliva, a tentativa de ignorar e ocultar pra outros,
faz o individuo criar máscaras, sorrir sem risos, incensar uma alegria tão
superficial quanto a maquiagem que derrete ao sol, quando não deu mais pra
dissimular, venho então o choro compulsivo, a insuportável necessidade de pedir
socorro, pois algo invisível dentro do ser secava a fonte da vida, manifestando
uma árida tristeza, e assim, uma palavra que antes não tinha nenhum
significado, e não era nenhuma ameaça, foi pronunciada como um diagnóstico: DEPRESSÃO.
Como encontrar a cura? Como encontrar forças para escapar de
um poço invisível? Que inimigo sutil é esse? Que nasce como um joio, em meio ao
trigo da felicidade e da alegria de viver. É preciso ter a força, excessivamente
humana, e a vontade sobre-humana de viver, pois é um adversário que enfrentamos
na arena de nós mesmos, é neste momento que sentimos que somos apenas um grão
de areia, mas se acreditarmos, descobriremos o universo em uma gota de
lágrimas, e transformaremos a árida tristeza em um foco de luz.
Por Carlos Reis Agni
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