A morte e os mistérios que transcendem o tempo
Com a mística semelhante ao nascimento, a morte surpreendeu e
surpreenderá a todos que teve o privilégio de nascer e que trouxeram consigo a
condenação irremediável a todo o ser vivo que já começa a morrer a cada segundo
desde que despertou pra vida.
Ao contrario dos risos de satisfação provocados pela emoção dos que
esperam o nascimento de seu rebento, a morte dilacera profundamente a emoção
dos que sentem perder um ente querido, levando a diversas reflexões. O que é a
vida? A imortalidade é tudo que temos? Será que a vida por ser tão grandiosa, a
natureza nos deu a oportunidade de vivencia-la conscientemente com a
intensidade onde a todo momento agimos como se fossemos eternos, construindo um
caminho de projeções por onde diversas gerações vem trilhando, manifestando
seus apegos e egos, vaidade alimentada pela ilusão de que somos capazes de
dominar a vida sem jamais imaginarmos que é impossível pensar na vida sem
imaginarmos a morte.
É como se existisse um pacto que transcende a nossa compreensão, esse pacto
em uma analise filosófica, podemos imaginar, foi entre a vida com a vida e a
morte o terceiro elemento que aproximaria o homem da eternidade como uma ponte
que separa o homem de um estagio de vida ilusória semelhante a uma miragem para
vivenciar o que ele é, a pura energia do universo. Mas como entender o universo
e as diversas essências incompreensíveis onde o maior mistério para nós é a
vida?
Algumas filosofias de
conhecimento espiritual relatam que vivemos diversas vidas em varias
encarnações, outros livros religiosos determinam que o ser consciente permaneça
após a morte em um estado de profundo sono e ressuscitará em um momento
especial que chamam de juízo final, outros acreditam que regressamos para
diversas estancias no universo. Há uma frase incrível que nos leva a refletir,
escrita na bíblia, pronunciada por Jesus Cristo: ‘Na casa do meu Pai há muitas moradas”(João 14-2) essa frase nos
transporta a profunda e mística dimensão do universo, pois acredito que o
universo manifesto ao nossos olhos de forma física e em sua essência espiritual
na dimensão da metafisica define a nossa migração para essa existência e a
transição para um campo dimensional onde as diversas moradas citadas por Cristo
é um lugar para cada um segundo a sua consciência e a essência do amor plantada
como semente enquanto vivenciávamos a vida terrena, pois tudo é o universo e o
planeta terra também é apenas uma das moradas em um curto período de nossas
vidas.
Se a morte nos assusta
construindo pavor, acredito que pra nascermos não foi diferente, afinal todo
bebe chora quando surge pra essa existência.
- Carlos Reis Agni
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